28 de out. de 2009

7ª Oficina

Relatório 11 – Oficina 11
TP 05 – Unidade 19
Data: 04 e 05 de agosto de 2009

Formador: Eneci de Aquino Pilar – Sinop/MT


Para este encontro presencial, o sétimo que realizamos, trouxe um poema da mineira Henriqueta Lisboa, com o título “A menina selvagem”. Antes da leitura compartilhada dei boas-vindas aos cursistas, agradecendo a presença de todos.
Iniciamos a socialização das atividades desenvolvidas em sala e alguns cursistas aproveitaram para destacar os bons resultados que estavam obtendo com os “Avançando na prática” sugeridos nos cadernos de Teoria e Prática e nos “AAAs” do Programa Gestar II. Outros cursistas, porém, disseram encontrar dificuldades em dar sequência às atividades em virtude do recesso de férias, mas se comprometeram em colocar as atividades em dia.
Neste encontro focalizamos o estudo da coesão e para tanto levei para discussão o posicionamento de alguns estudiosos como Halliday e Hasan que defendem que a coesão é a relação semântica entre um elemento do texto e um outro elemento que é crucial para sua interpretação. O texto de referência foi outro suporte importante às reflexões que se estenderam ao estudo da coesão referencial e sequencial.
A coesão referencial é um processo linguístico que remete a interpretação de um elemento expresso no texto a outro que já foi utilizado para construir esse texto. Diz-se que um item faz referência a outro quando não pode ser interpretado por si mesmo, mas em relação a esse outro; quando a significação de um esta associada à significação do outro. Já a coesão sequencial diz respeito aos procedimentos linguísticos que, além de interligar as partes do enunciado, fazem o texto progredir no desenvolvimento do tema em direção ao objetivo pretendido.
Os textos “A pesca” e “O show”, das páginas 128 e 129, respectivamente, juntamente com outros como “Circuito fechado”, “Dona-de-casa” e “Vidinha redonda” serviram de suporte para analisar a coesão.
Após a análise desses textos e das leituras realizadas foi possível perceber que nesses textos não foram usados termos que amarram as ideias umas às outras e nem por isso pode-se dizer que estes textos não são coesos. A esse tipo de coesão costuma-se chamar coesão por justaposição, onde a própria colocação de uma seguindo a outra é que constrói os sentidos.
Para a oficina desta unidade solicitei aos cursistas que, em duplas, produzissem um texto coeso por justaposição oferecendo como modelo os textos acima analisados.
Finalizando os trabalhos deste dia foi feita uma avaliação da oficina e o registro do encontro.

27 de out. de 2009

6ª Oficina

Relatório 10 – Oficina 10
TP 05 – Unidade 18
Data: 07 e 08 de julho de 2009

Formador: Eneci de Aquino Pilar – Sinop/MT


Neste nosso sexto encontro presencial de estudo e reflexão do Gestar II fiz a leitura compartilhada do texto “E tudo mudou”, de Luis Fernando Veríssimo. A proposta foi mostrar aos cursistas a importância do conhecimento prévio na compreensão de um texto. O autor associa termos que foram sendo substituídos por outros para dizer que tudo mudou. Expliquei que a coerência do texto depende dos “olhos” de quem lê, pois o que é coerente para alguns pode não ser para outros, que esta depende do conhecimento de mundo do interlocutor.
Os cursistas mais jovens fizeram questão de destacar que algumas palavras não faziam parte do seu vocabulário, como por exemplo: rouge, serviço à la carte, Long Play ou simplesmente LP como popularmente era conhecido. A marca de chiclete Ping-Pong só os mais “experientes” lembraram e do fortificante Biotônico, até mesmo para mim foi uma gostosa lembrança. Quem não lembra do “Comer, comer... Comer, comer... para poder crescer...”. Bons tempos.
Após as considerações sobre a leitura compartilhada dei início à socialização das atividades desenvolvidas em sala de aula com os alunos, momento que os cursistas aproveitaram para dividir com os colegas acertos e dúvidas na aplicação dos “Avançando na prática”. Uma das cursistas relatou a atividade desenvolvida sobre linguagem verbal e não-verbal. A professora distribuiu uma história em quadrinhos apenas com as imagens, solicitando dos alunos que produzissem os diálogos para serem colocados nos “balões”, frisando que o texto deveria ser coerente com a “figura” representada. Segundo ela, a atividade foi positiva uma vez que os próprios alunos perceberam a necessidade de contextualizar a fala das personagens às imagens retratadas, dando assim sentido às tirinhas.
Trouxe como material de apoio para reflexão sobre coerência o posicionamento de Beaugrande e Dressler que afirmam que a base da coerência textual é a continuidade de sentidos entre os conhecimentos ativados pelas expressões linguísticas do texto e que esta deve ser percebida tanto na codificação (produção) como na decodificação (compreensão). Para eles texto incoerente é aquele em que o receptor (leitor ou ouvinte) não consegue descobrir qualquer continuidade de sentido, seja pela discrepância entre os conhecimentos ativados, seja pela inadequação entre esses conhecimentos e o seu universo cognitivo. Já o texto coerente, na visão dos autores, é aquele que “faz sentido” para seus usuários, o que torna necessária a incorporação de elementos cognitivos e pragmáticos ao estudo da coerência. Bastos e Koch reforçam essa ideia. O primeiro afirma que “um texto é ou não coerente para alguém. Tudo se passa como se um sujeito receptor, ao avaliar um texto como coerente ou não, se colocasse no mundo do texto”. Para Koch, o texto em si não é coerente ou incoerente. “Ele (o texto) vai ser coerente para uma pessoa, em determinada situação”.

5ª Oficina

Relatório 09 – Oficina 09
TP 05 – Unidade 17
Data: 23 e 24 de junho de 2009

Formador: Eneci de Aquino Pilar – Sinop/MT


Compreender a noção de estilo no domínio da linguagem e reconhecer recursos expressivos ligados ao som e à palavra foram os objetivos a serem alcançados no quinto encontro de estudos do Gestar II que abordou o estilo, que é o resultado da escolha dos recursos expressivos capazes de produzir os efeitos de sentido motivados pela emoção e afetividade do falante.
Iniciei este encontro com a leitura compartilhada “Notas”, do livro “Memórias póstumas de Brás Cubas” – capítulo XLV, de Machado de Assis. O texto foi escolhido com o propósito de destacar os recursos expressivos utilizados pelo poeta. Machado de Assis desenvolveu um estilo próprio em suas obras, estilo este reconhecido e seguido por muitos escritores contemporâneos.
Após as considerações acerca da leitura realizada, socializamos os “Avançando na prática” onde uma das cursistas relatou o trabalho de produção de textos narrativos com os alunos de uma turma de educação de jovens e adultos. Esse trabalho foi verificado “in loco” ao fazer visita na escola, quando foi possível perceber o envolvimento dos alunos com o tema proposto.
A professora trouxe para socializar com seus colegas cursistas as produções dos alunos e todos puderam acompanhar os resultados obtidos. Outros cursistas também relataram suas experiências de sala e na sequência entreguei aos mesmos textos sobre estilística para leitura e reflexão. Dessa forma cada um pode tecer suas considerações a respeito do tema.A oficina realizada teve como base a proposta do avançando na prática das páginas 40 e 41 da unidade 17.
Solicitei dos cursistas que, em duplas, planejassem uma atividade diferenciada para seus alunos tendo como referência o texto “Palavra”. Cada dupla apresentou a sua proposta e logo após foi feita uma avaliação do encontro deste dia.

4ª Oficina

Relatório 08 – Oficina 08
TP 04 – Unidades 15 e 16
Data: 09 e 10 de junho de 2009
Formador: Eneci de Aquino Pilar – Sinop/MT



Em nosso encontro anterior os cursistas solicitaram uma reunião com os formadores de Língua Portuguesa e Matemática para reivindicar mudanças na aplicação do Programa Gestar II. Na opinião dos cursistas, que expressaram suas angústias com relação a carga de atividades que precisam cumprir, continuar trabalhando duas unidades do caderno de Teoria e Prática a cada quinze dias é inviável. Para eles o fato de muitos não estarem conseguindo cumprir com suas tarefas de forma satisfatória justificaria uma alteração na estrutura do Programa.
A sugestão dos professores cursistas é que a partir do próximo encontro se trabalhe, não dias, mas uma unidade de estudos por encontro dentro do mesmo prazo de quinze dias, adequando o Programa a nossa realidade. Segundo eles essa mudança evitará que cursistas abandonem a formação, o que em alguns casos já está acontecendo.
Apesar de elogiarem a qualidade do material e reconhecer a importância da socialização nos encontros presenciais, alguns professores garantem ser muito difícil conciliar o tempo entre as atividades do Programa e a rotina na escola, principalmente para quem trabalha 40 horas por semana e ainda precisa se dedicar à família.
Diante da possibilidade da desistência de alguns cursistas levamos a proposta para ser analisada pela Coordenação Municipal do Gestar II que, diante do exposto, orientou para que se fizesse uma adequação na metodologia que contemplasse a realidade dos cursistas.
Portanto, nesse quarto encontro de estudos, após dar as boas-vindas aos cursistas, repassamos o posicionamento da Coordenação Municipal quanto às reivindicações do encontro anterior. Ficou definido que a partir da unidade 17 (TP5) estaremos trabalhando uma unidade de estudos, sendo esta a única mudança que se fará na estrutura do Programa. Conscientes que com essa alteração haverá um acréscimo no número de encontros presenciais, os cursistas disseram que é melhor aumentar o número de encontros do que ter que abandonar a formação.
Feitos esses repasses dei início às atividades da oficina oito. Para este encontro escolhi uma leitura que aborda a memória. Em Guilherme Augusto Araújo Fernandes, o autor Mem Fox retrata as aventuras de um menino que decidiu ajudar uma idosa a recuperar suas lembranças colocando em uma caixa alguns objetos que, ao serem visualizados, ativavam sua memória. Repassei o livro para os professores que teceram comentários sobre a necessidade de estarmos levando a nossos alunos textos ilustrativos que ativem o visual do aluno e desperte-o para a leitura.
Começamos nossa socialização com a professora Geisi relatou para os colegas as atividades que desenvolveu com seus alunos da EJA. Ela utilizou o avançando na prática da página 131, unidade 15. Com essa atividade a professora trabalhou a organização textual.
O gênero textual diário foi o escolhido pela professora Lílian para trabalhar com alunos do 2º segmento da EJA. Segundo ela a medida que a atividade foi se desenvolvendo os alunos iam perdendo a inibição e conseguiram realizar boas produções.
A proposta da oficina oito era desenvolver uma atividade com base em um anúncio de uma fundação que trabalha com crianças carentes. O objetivo era que os professores escrevessem um texto de propaganda apelativo com relação a imagem e depois planejassem uma atividade semelhante para seus alunos.A discussão em torno da proposta da oficina ficou comprometida em ração do pequeno número de participantes, o que dificultou o debate e a troca de sugestões para a aplicação da mesma.