15 de jul. de 2009

Lembranças

Algumas pessoas chegam a afirmar que bairrismo exagerado é contagioso. E elas têm razão, principalmente quando isso diz respeito a um alegretense. Alegrete contagia. Quem está longe não esquece suas raízes e sempre que possível dá uma “fugidinha” para visitar o Baita Chão, berço de pessoas ilustres como Osvaldo Aranha e Mario Quintana, personalidades reconhecidas mundialmente, das quais esse humilde professor tem orgulho de ser CONTERRÂNEO.
Hoje, 13 de julho de 2009, precisamente às 23h08min., recordo meus tempos de adolescência quando era funcionário da Gazeta de Alegrete, o jornal mais antigo do Rio Grande do Sul e se não me falha a memória o 3º mais antigo do Brasil, onde tive a oportunidade de conviver com figuras humanas inesquecíveis. Nesse momento quero destacar, e me perdoem aqueles que porventura eu esquecer de citar, os poetas Helio Ricciard, o Poeta de Aldeia, que por sinal era meu chefe no jornal, Antonio Zacarias Goulart, meu colega do jornal que também tinha afinidade com a poesia, Lacy Osório, Breno Ferreira (fiquei sabendo que morreu de amor, como indigente nas ruas de Porto Alegre), Élvio Vargas e Mario Guintana, que um dia tive a oportunidade de conhecer pessoalmente pelas ruas da cidade e que também escrevia na Gazeta,
Os ponteiros do relógio avançam para fechar mais um dia e essas lembranças me encorajam a deixar registrados os rabiscos de um poema (olha só a pretensão) de uma situação vivida na minha cidade do Alegrete, na fronteira-oeste do Rio Grande do Sul.

Ocaso


Manhã de sol
As folhas caem
O vento, frio

Na calçada larga
Ali na frente à porta dos Correios
Um passarinho passa
Fumaça se eleva

De aspecto frágil
Seu andar é firme
Parece querer desatravancar seu caminho.

Eneci.

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